quarta-feira, 2 de julho de 2014

Thoughts: 1998 to 2010








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Enquanto


a Lua flutuava
as nuvens dançavam a sua volta
tentando cobrir-la sobre os meu olhos

eu me cobri novamente
sob o cheiro de perfume do edredom
no macio do travesseiro
desviando-me para outros lugares

o pensamento nos astros
nos raios cósmicos que nos tocam
nos equinócios e solstícios
nas vezes em que Lua tampa o Sol.



Sigo pleiteando


os acertos

e quando algo errado se inicia
ficarias em casa?

pode alguém de fato
ser insubstituível?

essa centelha que nos guia
de onde vem?

pois o tempo agora
é de renúncia

eis o mistério


da fé.

Por sobre a roupa emplumada


e suas danças
o reino mostra
sua majestade

no retorno para casa
lama sobre seus pés
e o cheiro da água suja
que escoa a céu aberto

são aqueles
que sorriem
e que choram
em silêncio.



Quero te ver liberdade


sem amarrar seus cadaços
sem carregar seus baldes
e transgredir-me a ti

tens ao ego
orgulho agrado
pouco sujo muito cego
não se esnoba com ternura

quem levanta sem descanso
por sonhar além da altura
leva mole vida morna
e escuta além das ruas

sente um frio na garganta
por pensar quem lhe pondera
será o fim de novo ou era
será o mar de um céu profundo.



Meu grande hierofante de Logos


guardião da árvore da vida
ilumina-me

dai me as palavras
pois incerto já vagueio
sigo torto em meia luz

não desejo que penses
que anseio em ser como és
de nada valeria a minha apoteose

o sal
que salga a alma
só tú podes dar.



A contra-gosto


dos que sapos engolem
tamborear

bailar nos salões
portando o ar social
sorrir como um conde

apreciar os casacos de patos
sem adornos lacrimejar
em gesto de honra provar um patê.




Lá fora bate o mar


forte e puro
uma fortaleza divina
de seus olhos

etér infinito
estrela luminosa a nos guiar
por este Macrocosmo
torna-se perceptiva sua brisa

Ora, a distância da fonte
tornou-lhe sujeito a queda
e se excêntrico tornei-me


foi por te-lo ao calcanhar

Resplandecer errante


preciosa audaz em revelar
portas simbólicas e místicas
transmutação luminosa

um ouro absoluto
e filosófico
teria algo mais
que procurar

vejo que o ânimo fugiste de mim
como um carro sem combustível
perduro a lamentar-me
acaso teria triunfo assim

visto que não espero de ti a sorte
és tu que de mim esperaste
ser como pedra oculta


que escuta os longos vedas.

Realidade alternativa


reinos físicos
conexões planos
cosmologia complexa

entrelaçamento de eventos
galho de dimensões
ramos do tempo
sincronicidade

se queres saber
de sonhos
eles se acabam
após acordar.

Thoughts: 1998 to 2010

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